Anjos da vida

Clara era uma menina que sempre se queixava da vida, ela sempre apontava defeitos nas pessoas, e isso á corroia por dentro, pois sabendo dos defeitos dos outros, muitas vezes ela mesmo se identificava com eles. Até que um dia apareceu um sua frente uma pessoa perfeita. Seria sonho? Ou até mesmo delírio? NÃO!
Certa vez esta pessoa "perfeita" lhe ofereceu uma flor, a já a conhecendo mandou-lhe encontrar somente as qualidades desta flor. Mas a flor estava com suas pétalas murchas e seu caule praticamente todo seco. 

Após alguns minutos... Ela parou de analisar a flor e virou-se em direção a "menina perfeita" e então lhe disse:
A única coisa que eu consigo ver nesta flor murcha e tão sem graça, é que ainda ela está viva. A menina olhou para ela e deu um sorriso, como se ela havia conseguido chegar a uma conclusão correta á respeito da flor, e por fim a "menina perfeita" pergunta:
-Clara isto não é o bastante?
E nisso Clara tenta retrucar, mas acaba ficando calada.
- Pois bem Clara esta flor é como uma pessoa... Ela pode ser feia como a pétala murcha, pode ser gorda, magra... Enfim. Mas é nessas diferenças tão grandes do ser, que nós podemos identificar a sua beleza interior.
Nós seres humanos principalmente somos ricos em qualidades, por pior que a pessoa seje, sempre haverá um coração batendo em seu peito.
Então em vez de olhar os defeitos das outras pessoas e acabar se ferindo com eles, quem sabe você não consiga reverter isto. Ache somente as qualidades nas coisas.
Após falar isto, Clara tinha certeza do que faria dali à diante.
Então resolveu perguntar á tal "menina perfeita" e misteriosa qual seu nome, pois ela tinha aparecido de repente em sua vida e já tinha transformado sua vida, e ela ao menos sabia seu nome.
A menina olha para ela e diz:
-Sou sua protetora, sua anjo da guarda; Chamo-me Psiquê e sou um arcanjo. Vim especialmente para te fazer feliz.
Com tudo isso, Clara estava encantada, pois parecia que agora sim ela viveria feliz.
Então... De mãos cruzadas elas caminham no parque, este parque tão florido, cheio de cores e encantos, passa por elas um casal, Psiquê só observa os olhar de Clara enquanto ela cuidava o casal passando. Psiquê então a pergunta: - Por que você não tirou os olhos do casal?
Clara responde: - Vi que eles estão felizes juntos, ela é muito bonita e ele sempre sorrindo, torna um casal muito bonito.
Espantada, Psiquê olha para Clara e abre um sorriso encantador e lhe pergunta:
-Sabe o porquê eu vim para a terra?
Clara olha para Psiquê, como se não estivesse entendendo nada e diz: - Não por quê?
Psiquê abaixa a cabeça, envergonhada de dizer, mas ao mesmo tempo contente em contar...
Você mocinha, me chamou a atenção por anos, e eu acabei me apaixonando por ti, mesmo sabendo que nunca poderei compartilhar meu amor com você, pois sou uma arcanjo e vivo em outro mundo.
Clara olha com lágrimas em seu rosto e diz:
-Queria tanto você aqui comigo!
Em minutos eu olhando em seus olhos me apaixonei por ti, não queria demonstrar, mas de anjo não se esconde nada não é mesmo? (rsrs)

Nisso Psiquê tenta beija-la, mas acaba não conseguindo ter força suficiente, pois ela já havia ficado tempo demais na terra, e acaba podendo dizer somente algumas frases.

“Pessoas como você são como anjos em uma sociedade que só se vê defeitos, o homem não tem mais tempo para apreciar a natureza e acaba á agredindo , ajude seu planeta, ajude as pessoas á ver o quão é importante os “detalhes” da vida”.

Dê um sorriso a um desconhecido e o cumprimente... Isto já é um começo.

“Pequenos gestos fazem grandes diferenças”.

• Com isto Psiquê vai para o céu e continua á observar sua amada.

Clara por fim, segue seus conselhos até hoje, está cada dia mais contente e radiante, pois como diz um velho ditado...

“Gentileza gera gentileza”.

-Faça sua parte, ajude á transformar o mundo em sorrisos.
(Ana Vitória Teixeira,   São Jerônimo: 30 de Setembro de 2010).